segunda-feira, 17 de março de 2014

Phlox - vale a pena insistir


Quem já tentou semear phlox em lugares quentes (eu semeei em Ribeirão Preto, SP e em Brasilia!) conhece bem a frustração e a dificuldade  de se conseguir cultivar uma flor que tem fama de ser de "fácil cultivo". 
O problema já começa com o estado das sementes quando são compradas, pois além de estarem sempre quase vencendo, são armazenadas em locais impróprios pelos revendedores. O resultado disto é um baixíssimo rendimento logo na semeadura; pode acontecer de brotarem apenas 2 ou 3 plantinhas a cada 100 sementes, ou mesmo nenhuma. O tempo de germinação seria de 7 a 21 dias, mas é melhor colocar a paciência em prática, pois brotam só na terceira semana mesmo. Ao brotarem, são extremamente frágeis e qualquer pingo mais grosso de água nas duas primeiras semanas acaba por inviabilizar a recém-nascida; é melhor borrifar generosamente a água em vez de regar com regador. Passada esta primeira fase cheia de sensibilidade, a manutenção passa a ser tranquila, e a floração é abundante e oferece boas surpresas a cada manhã. Tive melhor resultado semeando diretamente no vaso com uma mistura de terra vegetal, terra vermelha, areia grossa e torta de mamona curtida do que em substrato nas sementeiras. Observei também que ela adora NPK 10-10-10 a cada duas semanas. 
Então, se você também vive em local quente demais e adora phlox como eu, arme-se de vários saquinhos de sementes, bastante paciência e não desista!


NOME CIENTÍFICO: Phlox drummondii.
NOME POPULAR: Flox, flocos, chamas, chitinha.
FAMÍLIA: Polemoniaceae.
CICLO DE VIDA: Anual.
ORIGEM: Estados Unidos.
PORTE: Até 40 cm. de altura.
FOLHAS: De cor verde-clara, no formato de lanças.
FLORES: Despontam no final do inverno e se estendem até o verão. Elas podem ser simples ou dobradas, de pétalas lisas ou franjadas, largas ou estreitas. Formam pequenos buquês, nas cores: vermelhas, rosas, azuis, roxas, brancas e mescladas.
LUMINOSIDADE: Sol pleno.
ÁGUA: Não tolera encharcamanto, promover regas regulares, mantendo o solo sempre úmido.
CLIMA: Não aprecia temperaturas muito altas, mas é tolerante ao frio.
CULTIVO: Em solo areno-argiloso, ricos em matéria orgânica. Prefere lugares bem abertos e germina entre 7 a 21 dias. A temperatura ideal para germinar é de 15º a 20º.
Pode ser semeada diretamente no local definitivo, ou utilizar sementeira e transplantar quando a muda atingir 6cm de altura, deixe mais ou menos 12 cm de distância entre as plantas.
FERTILIZAÇÃO: 100 gramas de NPK (5-20-20) e ½ kg de adubo orgânico por metro quadrado.
UTILIZAÇÃO: Bordaduras e vasos.
PROPAGAÇÃO: Por sementes.


quinta-feira, 4 de outubro de 2012

O Bouquet

No dia 24 de agosto de 2012, uma de minhas roseiras trepadeiras começou a abrir os 17 botões do seu bouquet:


25 de Agosto de 2012 - 7:28h:

 26 de Agosto - 8h

 27 de Agosto:

 28 de Agosto
Apressada demais, a primeira não conseguiu esperar pelas outras:

29 de Agosto 

 30 de Agosto

 31 de Agosto:

 01 de Setembro:
Superando suas perdas e continuando a abrir suas flores...

3 de Setembro: 
Serena, ela sabe que tudo tem seu tempo e segue abrindo as flores da vez.

 5 de Setembro:

 9 de Setembro:

11 de Setembro - 10:40h - E assim, minha roseira concluiu a abertura dos 17 botões do seu bouquet. E...

Agora ela já está ocupada com outros lindos rebentos.





Fim.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Dama da Noite (Epiphyllum oxypetalum)



Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Caryophyllales
Família: Cactaceae
Género: Epiphyllum
Espécie: Epiphyllum oxypetalum

A verdadeira Dama da Noite (Epiphyllum oxypetalum) é originária do Sri Lanka. Suas grandes flores (20 a 25cm) se abrem ao anoitecer, geralmente sob lua cheia, e caem no dia seguinte. Seu perfume maravilhoso e vigoroso toma conta do jardim, e suas petálas e sépalas fortes e robustas são muito exuberantes.

Trata-se de uma cactácea de grande porte, podendo atingir de 2,0 a 6,0m de altura, e necessitando de pouca água e substrato bem arenoso para as raízes respirarem. Devido ao peso de seus ramos achatados e suculentos, precisa de um suporte, que pode ser uma treliça ou grade. Seu cultivo deve ser ao sol, mas tolera que uma parte do dia fique em ambiente com meia sombra. O solo deve ser rico em matéria orgânica e muito bem drenado.

Para fazer mudas, basta cortar um pedaço do ramo, na primavera, e colocar sobre jornal até formar uma película sobre o corte, plantando-o em seguida.

Floresce do final da primavera ao final do verão.

Esta é a verdadeira dama da noite, nome comumente (e equivocadamente) dado a flores quaisquer que exalem seu perfume à noite.


As flores aparecem assim.





Os botões crescem rapidamente. A aparência deste botão sugere que a flor vai se abrir ainda esta noite.

A flor inteiramente aberta, maravilhosa.


quinta-feira, 10 de maio de 2012

Vigna Caracalla



Vigna Caracalla


Nome científico: Vigna Caracalla
Nome comum: Caracolillo, vinha do caracol, Caracol real, Caramujo real, Caracolillos, flor de caracol, caracol judeu.
Família: Fabaceae.
Origem: América Central à América do Sul.


A Vigna Caracalla é uma trepadeira tropical, muito sensível ao frio, e gosta de sol ou sombra parcial. Pede regas regulares, mas sem encharcar. Suas belíssimas flores são em tons de lavanda, amarelo creme, rosa, lilás e branco em formato extremamente exótico, como conchas. Apresenta folhas trifolioladas sem gavinhas e as suas flores são o mais característico e original.
É uma notável, rara e exótica trepadeira com flores perfumadas, perfeita para treliças e também muito bem cultivadas em vasos com apoio para subir e formar uma bela escultura de jardim.
A originalidade e a beleza ímpar de suas flores trazem um colorido único e espalham seu suave aroma por todo jardim.
Sua multiplicação é feita por sementes e exige uma manobra especial, porém, infalível: Com um alicate de cutícula, dê um minúsculo corte bem próximo ao olhinho da semente. Coloque-a em um filtro para café, encharque bem, feche em um plástico transparente, e deixe ao sol, até que dobre de tamanho e se perceba uma ponta de raiz brotando. Plante-a, então, em local quente. Demora bastante para brotar, de 4 semanas a 4 meses.



Sementes de Vigna Caracalla





As primeiras folhas da Vigna Caracalla





Flor da Vigna Caracalla


THOMAS JEFFERSON A CULTIVOU EM MONTICELLO COMO UMA DE SUAS FAVORITAS, ONDE DIZIA ELE SER UMA DAS MAIS BELAS VINHAS E MAIS SABOROSAS, SIM SABOROSAS, POIS ALÉM DE SUAS MARAVILHOSAS FLORES, ELA PRODUZ VAGENS COMESTÍVEIS E SABOROSÍSSIMAS.



Sua flores são intrigantes e exibem uma mistura sublime de cores.



Estefanote







Estefanote






Nome Científico: Stephanotis floribunda
Sinonímia: Ceropegia stephanotis
Nome Popular: Jasmim-de-madagascar, flor-de-noiva, estefanote, flor-de-cera
Família: Asclepiadaceae
Divisão: Angiospermae
Origem: Madagascar
Ciclo de Vida: Perene


     O Jasmim-de-madagascar é uma bela trepadeira, com ramagem ramificada, de seiva leitosa e folhas verdes, coriáceas, espessas, brilhantes. As flores surgem na primavera e verão, são axilares e compostas por numerosas flores cerosas, de coloração branca ou creme, muito perfumadas, formando lindos ramalhetes. Estas flores delicadas eram muito usadas em buquês de noiva.
   É uma trepadeira exigente, mas recompensa os cuidados com intensas florações de aroma delicioso. Ela aprecia muita luz, mas é sensível ao sol direto e gosta de proteção, principalmente nas horas mais quentes do dia. Também pode ser plantada em vasos e jardineiras, e é muito sensível a umidade em excesso, que provoca o apodrecimento de suas raízes.
     Deve ser cultivada em meia-sombra, em solo fértil, drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado periodicamente. Não tolera geadas ou frio excessivo, no entanto, precisa passar por um descanso vegetativo, com frio ameno e poucas regas, para dar numerosas flores na primavera. Aprecia adubações mensais e podas de rejuvenescimento ao final do inverno. Multiplica-se por sementes e por estaquia dos ramos após a floração.

Foto Iara Restini




quarta-feira, 9 de maio de 2012

Ipomoea rubra


A cor da ipoméia rubra (Ipomoea horsfalliae) é exatamente esta da foto, luminosa assim. Os botões fechados desta trepadeira são tão lindos, que parecem irreais. Esta é a espécie mais incrível da família de ipoméias, e é conhecida como trepadeira cardeal.

Nome Científico: Ipomoea horsfalliae
Nome Popular: Ipoméia-rubra, Trepadeira-cardeal
Família: Convolvulaceae
Divisão: Angiospermae
Origem: Índias Orientais
Ciclo de Vida: Perene

     A ipoméia-rubra é uma trepadeira semi-lenhosa e volúvel, de crescimento moderado, com folhas perenes, palmadas, com cinco a sete folíolos verde-escuros e brilhantes. Os botões florais se assemelham a pequenos frutos. As flores são grandes, em forma de funil e de textura cerosa. Na forma típica são de cor vermelho-bordô, mas ocorrem variedades de flores brancas-rosadas, roxas e rosas-arroxeadas, mais raras em cultivo. Elas têm estames longos com anteras de cor creme. As flores da ipoméia-rubra são muito atrativas para os beija-flores, abelhas e borboletas.

     É uma trepadeira tropical vigorosa, própria para revestir grades, treliças, cercas ou pérgolas. Apesar de delicada no seu primeiro ano, após seu pleno estabelecimento, ela se torna bastante resistente. A floração se estende da primavera ao outono.

     Deve ser cultivada sob sol pleno ou meia-sombra, em solo fértil, bem drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado periodicamente. A ipoméia-rubra é bastante rústica e de baixa manutenção. As podas devem ser realizadas após o florescimento, para controlar o crescimento e estimular a próxima floração. Tolera podas drásticas. Multiplica-se por estaquia ou alporquia dos ramos e por sementes.





segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Ipomoea Purpurea


     A Ipomoea purpurea é uma trepadeira volúvel e anual, de rápido crescimento, que cobre rapidamente pequenas estruturas. Seu caule é herbáceo e delicado, recoberto por finos pêlos amarronzados. Sua folhas são cordiformes ou trilobadas, verdes e muito vistosas. As flores surgem na primavera e verão, abrindo-se pela manhã e fechando-se ao entardecer. Elas são grandes, em forma de trompete e podem se apresentar nas cores branca, rosa, roxa ou azul, em tonalidades diversas e muitas vezes multicolores. O fruto é uma cápsula trivalva com sementes grandes e triangulares, que germinam com facilidade.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Amorphophallus paeoniifolius


Recebi um grande presente da natureza esta semana: abriu-se a enorme e fabulosa flor da minha pongapong, ou melhor, Amorphophallus paeoniifolius que, sem pedir licença, apareceu no jardim da minha casa, deixando todos curiosos e surpresos com seu desenvolvimento e aparência tão incomuns. Rara e curiosa, esta planta é nativa dos trópicos asiáticos e seu rebento surge repentinamente, ao ser quebrada a sua dormência subterrânea. Durante a polinização, exala um odor desagradável por 6 horas para atrair os insetos de que necessita no processo. Nesta fase, a A. paeoniifolius está chegando ao final do seu ciclo; quando totalmente aberta, um pedúnculo longo crescerá e maturará suas sementes para, então, morrer de um dia para o outro. É uma honra estar testemunhando este espetáculo.

Ela surge do solo assim.


Em seguida, começa a se abrir e a liberar seu enorme miolo avermelhado.




Quando completamente aberta, fica assim.


Antes de morrer, deixou-me de presente algumas sementes à sua volta. Brotaram 7 novas plantas, que nada tem a ver com a flor dramática da fase final: são arvoretas que lembram o bambu mossô, e a única semelhança é o desenho com  as mesmas pintas acinzentadas da base da flor e do tronco da pongapong jovem: